segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Seguros e confiantes

Depois do impacto que a estreia de Rúben Micael causou (agora ficamos todos apreensivo de cada vez que o nosso nº 28 é derrubado em falta ou solicita assistência médica, não é? Se ele se lesiona…), havia a natural curiosidade de saber se a Naval estaria preparada para combater a dinâmica que o FC Porto apresentou nos dois últimos jogos. Como o efeito surpresa se esfumou, era natural que o meio-campo do FC Porto tivesse mais dificuldades para surpreender o adversário do que nos jogos frente ao Nacional e ao Sporting.
No entanto, o estado anímico e a confiança da equipa melhoraram tanto que até deu a sensação que o FC Porto ultrapassou com relativa facilidade a unida e organizada equipa de Augusto Inácio. Conclusão: este é o FC Porto mais forte da época! Abençoado mercado de Inverno…
Hoje, apesar do primeiro golo só ter chegado perto do intervalo, a equipa esteve sempre serena e lúcida. O FC Porto até merecia que a diferença de dois golos tivesse chegado bem mais cedo. No entanto, o natural cansaço físico acabou por tirar discernimento a alguns jogadores.
A surpreendente cumplicidade entre Belluschi e Rúben Micael traz um problema a Jesualdo Ferreira. Se o Professor mantiver o ‘4-3-3’, onde vai colocar Raúl Meireles? A solução pode passar por apresentar um triângulo de meio-campo com Fernando, Meireles e Micael, e colocar Belluschi mais sobre a direita (e ao mesmo tempo sacrificar o agora confiante Mariano Gonzalez). A confirmar nos próximos jogos…
Garantido é que se o FC Porto mantiver esta confiança e qualidade de jogo, adivinha-se um confronto excitante frente ao Arsenal, nos Oitavos-de-final da ‘Champions’. Há duas semanas atrás, temia-se que o jogo frente aos ingleses não chegasse na melhor altura para o FC Porto. Neste momento, quando faltam apenas 10 dias para o jogo da 1ª mão, o FC Porto dá a nítida sensação que se vai apresentar forte!
Agora, seguem-se as meias-finais da Taça da Liga. Apesar de ser previsível a utilização dos habituais suplentes (o Arsenal está aí à porta), a possibilidade de arrecadar mais um troféu, que nos colocaria ainda mais próximos do nº total de títulos do Benfica, é suficientemente aliciante para o FC Porto tentar garantir a final da prova.
Positivo (+):
- o jogo colectivo e compacto do FC Porto;
- o regresso dos adeptos e dos aplausos ao Estádio do Dragão;
- as “pilhas” (que duram e duram…) de Álvaro Pereira;
- aquela defesa de Helton, aos 75 minutos, que evitou o golo da Naval na única oportunidade de golo que a equipa de Inácio teve em todo o jogo;
- a fiabilidade de Tomás Costa (não cometeu um único erro!);
- a constante procura do golo por parte de Rúben Micael;
Negativo (-):
- o natural desgaste físico causado por aqueles frenéticos 60 minutos de jogo, na Terça-feira, frente ao Sporting;

6 comentários:

Silvestre disse...

Foi um joguinho, muito abaixo do de terça mas também um pouco acima das paupérrimas exibições de há um mês atrás, foi razoável e com o mais importante a ser cumprido, uma vitória e recuperámos 2 pontos aos lampiões espertalhões que diziam ficar com 12 de avanço, afinal são sete e menos um jogo.

Pedro Silva disse...

Confesso que me deu um particular gozo o FC Porto ter ganho este jogo... È que agora a tremideira vai tomar conta da equipa da Luz e nem as ajudas, nem os favorzinhos da Liga Portuguesa de Futebol os safarão.

Com Micael o FC Porto é outra coisa, pois a bola chega á frente em condições e há uma coisa que não havia desde que o Dragão começou a temporada: Organização.

Até Falcao parece ter melhorado, pois deixou de ser um Farias 2 para ser uma especie de Lizandro. E com a bola a ser-lhe bem colocada a coisa é outra. Habemos matador, e se o deixarem teremos nas fileiras Portistas o Melhor Marcador desta temporada.

Varela para mim esteve em grande apesar de ter falhado golos de uma forma impressionante.

Segue-se agora o jogo das meias finais da Taça dos Treinos. Jesualdo que aproveite para rodar os Jogadorese, dar ritmo aos menos utilizados, pois o que interessa vem a seguir contra o Leixões e o FC Porto x Arsenal é já ali ao virar da esquina.

Grande abraço e saudações Portistas!!!

Bruno Ferreira disse...

Caros portistas, creio que é desta que finalmente podemos assumir a posição de (tetra)campeão, que nos tem faltado algumas vezes em conjunto com algum falta de sorte e com as rambóias que se tem visto fora das quatro linhas. Relativamente ao jogo é importante salientar a entrega da equipa, mostrou carácter e já não parece tão descaracterizada como o professor assim a colocou com varias mudanças, sem tactica, etc... Foi um jogo bom e controlado mas acho que devemos apostar mais em resolver os jogos na primeira parte, porque geralmente costumamos oferecer '45 minutos de avanço ao adversário e não tem ajudado realmente nada, muito pelo contrário. A minha nota mais alta vai com certeza para o homem do momento, Ruben Micael, apoiado logo de seguida por Falcao e Varela, embora este ultimo tenha acusado ligeiramente o jogo contra o SCP na ultima 3ª feira mas mesmo assim a um bom nível. Se continuarmos com esta fibra, com este querer e com esta alma, podemos pelo menos vencer as 3 competições nacionais em que estamos inseridos.

Rumo ao penta.

Cumprimentos,

Bruno Ferreira

PS.: ao autor deste blog deixo uma nota de grande qualidade pelas análises e pelo seu Portismo.

Dragaopentacampeao disse...

Estamos numa fase em que todas as vitórias são importantes, face ao atraso na classificação.

Mais que as exibições, os resultados são determinantes.

Por isso, o meu grau de exigência é um pouco menor, satisfazendo-me com as vitórias, condição única para alimentar o sonho do bi-pentacampeonato.

Não tendo sido uma exibição de encher o olho, como contra o Sporting, a exibição portista frente à Naval, foi diversa, alternando momentos de futebol pouco apelativo com outros de fulgor futebolístico.

Frente a equipas demasiado defensivas, as dificuldades são mais evidentes. Contudo, devo realçar a atitude da equipa que, inteligente e pacientemente pôs em prática o rolo compressor que haveria de aniquilar a réplica adversária.

Nos últimos jogos, coincidentes com a inclusão do maestro Ruben Micael, os Dragões vêm evidenciando uma melhoria prometedora.

A ambição está intacta e a esperança sobe.

Um abraço

Anónimo disse...

A esperança renova-se... e pode ser que ainda tiudo seja possível, mesmo contra as manobras de bastidores, como foi em 1959...
Agora que...Está visto que está a retornar o antigo regime... Por isso aquele caso do Calabote tem de ser bem vincado...
Vem a talhe, dar conta de um mail que enviei à editora respectiva, por isso mesmo:
À Quidnovi
Ex.mos Senhores
Dou-lhes os meus sinceros parabéns pela edição do livro "O Caso Calabote". E peço se transmitem ao autor, jornalista sr. João Queirós, os meus Parabéns efusivos pela escrita dessa grande obra, algo que faltava no panorama histórico-literário do fenómeno desportivo português.
Li de um só fôlego o mesmo livro, à pressa e sofregamente, para me inteirar do seu conteúdo. Agora vou relê-lo com mais vagar, para a devida apreciação e, melhor ainda, reparar em todos os pormenores. Isto, logo que o recebi, tendo pedido a pessoa amiga se mo comprava, por não ter podido ir ao Porto à apresentação.
A propósito, porque muitos dos eventuais interessados não terão acesso às livrarias onde o mesmo se encontra, e noutros sítios ele até nem poderá estar disponível (p. ex. onde o meu foi comprado só havia três, que foram comprados pela pessoa que me conseguiu o meu exemplar), dizia, julgo que a Quidnovi deveria fazer como tem acontecido com outros livros, colocando-o à venda com algum jornal de tiragem nacional.
Agora, permitam-me um reparo, e possível sugestão:
Um livro destes merecia outro tratamento gráfico e sobretudo ilustrações. É um livro que pede mesmo colocação de fotografias. E, se mais não houver, pelo menos as que por certo vieram nos jornais dessa época - as quais, embora podendo estar desfocadas pelo tempo, com os meios existentes hoje em dia, por certo terão possibilidades de impressão.
Assim, atrevo-me mesmo a pedir: Façam, quanto antes uma 2ª edição, para que possa haver no livro algumas fotografias - não daquelas que aparecem em todos os livros, mas das que foram mesmo contemporâneas do acontecimento, incluindo as fotos dos campeões com as faixas, como sei que existe...
Então, diante dessa possibilidade, se for feita a 2ª edição, ilustrada com fotos e gravuras (mesmo até fotocópias das páginas dos jornais em questão), desde já peço se me enviam um exemplar, e se possível autografado pelo autor e pelo responsável da edição...
Fico a aguardar a boa-nova!
O meu bem-haja e renovados Parabéns.
Atenciosamente...

VR disse...

Visitem e comentem...
http://deusesdabola.blogspot.com/2010/02/jornada-do-dragao.html