segunda-feira, 2 de julho de 2012

Posfácio

A participação da seleção nacional no recente Europeu foi espetacular e muito acima das expetativas, incluindo as minhas. Se atendermos ao grupo de selecionados, ao selecionador e a todas as circunstâncias que envolveram a equipa o resultado esperado não podia ter sido melhor. Pese embora todas as críticas feitas a Paulo Bento, inclusive aqui neste espaço, a verdade é que fez um bom trabalho e conseguiu criar um espírito de grupo pouco usual e raramente visto na equipa das quinas, sem entrar muito no patriotismo bacoco que durante alguns anos esteve em voga no país. Não tínhamos a obrigação de ser campeões europeus, como em 2004, quando desperdiçámos a oportunidade de o fazer e que provavelmente não se irá repetir tão cedo. Terminar esta competição no pódio e ir muito além da verdadeira dimensão do país, do desporto em geral e do futebol em particular, são dois domínios onde nos podemos bater com os melhores olhos nos olhos, apesar de continuarmos a empobrecer diariamente e a afastarmo-nos cada vez mais de uma Europa do Norte moderna e onde a igualdade social não é uma simples retórica e, já agora, onde o futebol não é o ópio do povo.
Amândio Rodrigues

1 comentário:

Anónimo disse...

"A participação da seleção nacional no recente Europeu foi espetacular e muito acima das expetativas!"


Acha mesmo?

No primeiro jogo muito bem perdido perante a Alemanha mas que até nem
"estivemos" muito mal não senhor;
acabou por ser uma vitória moral à portuguesa...

Frente à Dimamarca o que se poderá dizer?Bendito o falhanço do Varela no "pontapé em rosca" e um outro tipo "deixa ver o que dá". E deu golo; não fora isso...

Frente aos holandeses talvez aqui sim o jogo mais bem conseguido mas frente a uma selecção que seria a desilusão do Torneio; tudo dito...

Contra os checos (que não foram uma única vez à "nossa" baliza com mínimo perigo)destaque para o golo ao "fechar do pano" sob cruzamento memorável do João Moutinho (que o marcador se não dignou dirigir-se-lhe para o felicitar repararam?)...

Com os espanhois faltou audácia onde só no último minuto do tempo regular se poderia ter conseguido algo mais o que seria injusto para
"nuestros ermanos" mas...; e então no prolongamento "levamos" o maior banho de bola que não se tinha visto até à final...

Destaque SÓ para Rui Patricio, Coentrão, Pepe (o melhor) e João Moutinho.

Há! E parabéns a Pedro Proença que representou a Comissão de Árbitros da FP Futebol;

Sem patriotismos balocos e muito menos bafientos, até porque quem esteve a competir foi uma Selecção da Federação Portuguesa de Futebol e não uma Selecção de Portugal.