sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Azul Intermitente


O futebol praticado pelos dragões até ao momento não tem impressionado ninguém, exibições muito descontínuas, intervaladas com períodos interessantes mas nada de extraordinário. O que mais tem ficado na retina são as sucessivas quebras de concentração e a tremedeira nos lances de bola parada, nos quais já resultaram alguns golos e que poderiam ter causado mais danos do que os quatro pontos perdidos até agora. O jogo com o Marítimo encerra alguns perigos, mesmo no Dragão, a equipa insular é sempre arrojada principalmente no ataque onde ostenta jogadores de boa qualidade, todos os cuidados são poucos. O mais inteligível neste ziguezaguear exibicional do FC Porto, é que depois de estar a perder ou precisar de ganhar a equipa até reage e consegue mostrar qualidade, o que não se entende é que isso não aconteça logo que o jogo começa não haver uma forte intensidade que permita alcançar um resultado que depois permita uma gestão diferente do jogo, mas nunca ao contrário como até aqui. Vítor Pereira é por feitio um treinador modesto que normalmente não se coloca em bicos dos pés, porém na última gala do Dragões de Ouro perdeu esse equilíbrio ao afirmar: "Sem ponta de vaidade, mas com muita autoconfiança, digo que vocês não viram nada daquilo que eu sou capaz de fazer", disse o técnico, em declarações ao Porto Canal, isto depois dos elogios públicos do Presidente Pinto da Costa. Pela parte que nos diz respeito, só queremos que ponha a equipa a praticar bom futebol e a ganhar, quanto aos chamados “mind games” é melhor deixar isso para outros com mais apetências para tal, pois muitas vezes “mais vale cair em graça do que ser engraçado”.
Amândio Rodrigues

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