terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Rescaldo


Já muito se disse, escreveu e contou sobre o clássico de domingo, em todas as prosas e comentários existe um denominador comum, o FC Porto foi melhor, embora os comentadores e jornalistas encartados ao serviço do clube do regime não consigam disfarçar uma certa desilusão que lhes inquieta o espírito. No jogo da Luz só faltou mesmo o xeque-mate final e foi pena o treinador portista Vítor Pereira não dispor de soluções no banco para poder arriscar numa tática mais ousada que lhe permitisse vencer o desafio. Assistimos a mais uma prova de maturidade competitiva de uma equipa que não receia ambientes hostis e relvados inclinados, mantendo uma matriz de jogo consolidada ao longo de vários anos e que não depende do livre arbítrio de qualquer treinador seja ele qual for. Uma das ilações que podemos tirar é que o campeão não será decidido nos encontros entre os dois principais e únicos candidatos ao título, isto significa que perder pontos nas restantes jornadas poderá ser fatal. É assim condição sine qua non para se ser campeão manter a mesma atitude perante qualquer adversário, não os subvalorizando.
O final do desafio ficou marcado pelo habitual jogo de palavras mais ou menos expectável nestes casos, porém, constatei no discurso de JJ uma certa amenização evitando claramente entrar em confronto com VP ao contrário deste que jogou ao ataque e com razão naquilo que disse. Percebo claramente o que se passa, os dois sabem que nestes desafios se joga muito mais do que os três pontos e o treinador do outro clube sabe nitidamente que mais uma vez não conseguiu vergar o FC Porto, antes pelo contrário, mantendo-se a tremedeira sempre que o clube de todos os regimes enfrenta os homens do Norte e esse estigma JJ não consegue apagar.
Amândio Rodrigues

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